Boccati - Ed. 04 - Ano 01 - Verao 2018/19 - page 34

Conforme Sady, o comportamento do consumidor
de cervejas vem mudando lentamente, mas ainda é
uma pequena parcela que troca a quantidade pela
qualidade. “Nosso poder aquisitivo ainda é limitado
para gastos com produtos diferenciados em todos
os setores. Ainda estamos em curva de crescimento
de fábricas e rótulos no Brasil, mas a tendência é
que, em pouco tempo, comece uma seleção natural
de competência”, diz.
Com o tempo, as pessoas vão assimilando novas
características sensoriais. E Sady já avisa: é um
caminho sem volta! Depois de abrir a paleta de
aromas e sabores, não é fácil contentar-se com a
mais gelada ou mais barata. Ninguém é obrigado a
gostar de uma bebida com amargor, dulçor, acidez,
adstringência ou retrogosto que não esteja em
harmonia com seu paladar. Mas a disponibilidade
para conhecer e provar com boa vontade ajuda
muito a entender as diferenças.
Sabemos que a gastronomia e a bebida andam
juntas. Harmonizar um prato é fundamental para o
sucesso da refeição. E, cada vez mais, a cerveja tem
comprovado seu amplo poder de harmonização.
Sady afirma que a pluralidade de estilos ajuda
bastante e também que muitas receitas são
formuladas pensando em frequentar mesas com
potencial gastronômico.
Quando questionado sobre os novos públicos
que estão entrando no universo da produção
de cervejas artesanais, Sady afirma que ainda
existe muito empreendedor com o poder de
investimento, mas que não se preocupa com um
plano de negócios, legislação tributária, rede
de distribuição, manutenção de ponto de venda,
equipe de vendedores, controle de qualidade,
marketing, dentre outros aspectos fundamentais.
Entram no mercado, achando que basta fazer “uma
boa cerveja”.
O Consumo
de Cervejas
Fotos Everson Almeida
“Há muito tempo ‘artesanal’
deixou de ser sinônimo de
‘amador’”.
b o c c a t i . c om . b r
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